Resenha Histórica
Foi em 1842, que a Câmara Municipal do Peso da Régua resolveu enviar uma representante à Câmara dos Deputados a solicitar a concessão de uma bomba, para que na vila se pudesse acudir aos incêndios que por cá deflagrassem, contudo esta pretensão não vingou.
Passaram-se mais uns anos, e em 1858 a Câmara Municipal voltou a debruçar-se sobre o assunto, dirigindo-se às Companhias de Seguros Equidade, Garantia e Segurança, que tinham escritório aberto na Régua. Foi lhes solicitado uma bomba igualmente, mas também desta feita não se conseguiu.
Contando com os próprios meios, e porque a coisa era séria, decidiu então em 1873 a edilidade de adquirir um carro de material provido da almejada bomba, que ficou guardada num armazém na Rua de Serpa Pinto.
Ainda não existia a Associação de Bombeiros, mas a sua premência cedo se fez sentir. Nesse sentido, uniram-se esforços e vontades, e perante o Município apareceu então um grupo disposto a dar forma e vida a uma Agremiação tida como de direito e de dever.
Estudaram-se os pormenores, e avançou-se para a elaboração dos Estatutos. Uma comissão formada por Manuel Maria Magalhães, Francisco Assis de Carvalho, João Guedes Frias, Roberto Pinto, Joaquim de Sousa Pinto, José Joaquim Pereira Soares Santos, António Avelino Pinto de Almeida, José Inácio Teixeira, Francisco Rodrigues Penhor, João Alves Barreto, Bernardo Lopes Vasques Osório, Adolfo Ferreira, Claudino de Morais, e outros, deu-lhes a forma e o conteúdo.
Finalmente, a 28 de Novembro de 1880, nascia a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Peso da Régua, a quem foi entregue pela Câmara Municipal o material existente. Dois dias antes, a 26 de Novembro, Manuel Maria de Magalhães convocava os sócios activos para pelas 10 horas da manhã estarem na casa da Associação Comercial, para que se festejasse o nascimento da Real Associação Humanitária.
Manuel Maria de Magalhães foi o primeiro comandante dos Bombeiros Voluntários da Régua, uma instituição que comemorou há pouco tempo mais de 120 anos.
Os Bombeiros Voluntários da Régua são os mais antigos do Distrito e este homem foi o primeiro à cabeça daquela que é uma das mais acarinhadas instituições de solidariedade social na região.